Ruusan é um planeta do Anel Médio conhecido pela Sétima Batalha de Ruusan, que foi o último assalto da Irmandade da Escuridão, liderada pelo Lorde Kaan. O planeta emprestou o nome as Reformas Ruusan decretadas após a batalha. Ruusan foi originalmente um planeta temperado e habitável por Humanos, Ruusianos e estranhos seres sensitivos conhecidos como os Bouncer. Depósitos de minerais em Ruusan eram pobres e inoperantes, mas era a única fonte do Cristal Ruusan.
Ruusan possui três luas, chamadas pelos nativos de "Três Irmãs" Contrabandistas dizem que uma destas luas possui ruínas de uma civilização muito antiga. Em 2.200 anos ABY Ruusan foi um dos planetas de rico em minerais do Setor Teraab reivindicado pela Associação de Mineração, até que o planeta mostrou pobre e inoperante. Tudo o que restou no planeta eram poucas otimistas pontes de reivindicação e fugitivos. Ruusan foi o local de batalhas entre os sete Sith da Irmandade da Escuridão e os Jedi do Exército da Luz. Durante a Sétima Batalha de Ruusan (1.000 anos ABY) entre os Jedi em Lorde Hoth e os Sith sob Lorde Kaan, grande parte da superfície do planeta, incluindo várias cidades, foram destruídos. Após o término da batalha, um Jedi chamado Johun Othone solicitou ao Senado Galáctico a construção de um grande mausoléu contendo os cem guerreiros caídos, chamado Vale dos Jedi, localizado no antigo lugar de Olmondo.
Apesar disso, as expansões de nebulosas no setor apagaram as hiperlinhas de conexão a Ruusan e o mundo foi rapidamente esquecido, enquanto a República Galáctica estava se voltando para o centro da galáxia. O isolamento e o cruzamento entre os habitantes produziram uma população de quase- humanos que se tornou conhecida como Ruusanianos. O isolamento se agravou mais ainda depois que uma grande nebulosa invadiu Teraab, destruindo todas as rotas hiperespaciais que seguiam até Ruusan, deixando-o inacessível para a galáxia em geral. Os Separatistas se estabeleceram secretamente um posto de espionagem em uma das luas de Ruusan, durante as Guerras Clônicas, mas logo foi destruído. Na época do reinado do Império Galáctico, Ruusan foi completamente esquecido. Redescoberta pelo contrabandista Jerg em 12 anos DBMC, o planeta chegou a ser usado por comerciantes independentes como uma base de operações. Uma década depois, os refugiados Revolucionários do planeta Sulão assentaram em Ruusan, seguindo Jerg e Morgano Katarne.
Mal sabiam eles que o isolamento do planeta iria acabar logo após a Batalha de Romano. O Jedi Negro Jerec informado da localização do Vale dos Jedi veio para o planeta com a intenção de reivindicar o poder do Vale para si mesmo. O Jedi Kyle Katarne (Filho de Morgano) guiado pelo Espírito de Qu Rahn conseguiu parar Jerec, matando o Jedi Negro dentro do monumento construído séculos atrás. Katarne voltaria a Ruusan em 15 anos DBMC, durante a crise dos Discípulos de Ragnos para investigar suas supostas atividades de culto dentro do vale. O mundo foi posteriormente alvo dos Yuuzhan Vongs, que com sucesso invadiram e ocuparam o planeta por mais de um ano em sua invasão da galáxia. Permaneceria sob controle Vongs até o final da guerra.
VALE DOS JEDI
O Vale dos Jedi ou o Vale das Almas foi o local da Sétima Batalha de Ruusan, a última batalha das Novas Guerras Sith quase mil anos antes da Batalha de Yavin. Ali, a Bomba de Pensamento do Lorde Kaan aprisionou as almas de mais de cem Jedi e Sith até que eles fossem finalmente libertados por Kyle Katarne. O Vale dos Jedi então ficava uma área concentrada da energia de Força criando uma conexão de Força, e é largamente acreditada ser a conexão da Força mais poderosa de toda a Galáxia de Orião.
Há mil anos antes da queda da Velha República, um Lorde Sith chamado Kaan sobreviveu aos melhores esforços da Ordem Jedi em destruir o culto ao Lado Negro para o qual devotou sua vida. Kaan reuniu vinte mil seguidores e tentou erguer um novo Império Sith, um que desafiaria a República a exemplo de seu antecessor, Exar Kun. Eventualmente, a República reconheceu Kaan como ameaça à paz galáctica e reuniu forças para lutar contra o Lorde Sith.
Sob o comando do Mestre Jedi Hoth, o Exército da Luz guerreou contra a Irmandade das Trevas de Kaan, culminando em uma série de batalhas em Ruusan. Hoth mostrou-se um formidável oponente, tirando vantagem da crença de Kaan de que os Jedi eram fracos e indispostos a pagar o preço necessário para derrotá-lo. O Exército da luz saiu vitorioso em cinco das sete batalhas travadas em Ruusan. Após a última vitória, a Irmandade das Trevas estava à beira da derrota.
Como um homem de paz, Hoth aguardou Kaan, pois acreditava que ele veria sabedoria na decisão de se render a um inimigo superior. Mas Kaan não acreditava que sua Irmandade estivesse derrotada. Nos confins de sua cidadela subterrânea, o Lode Sith utilizou-se de alquimia e bruxaria negra para encontrar uma forma de reverter à precária situação ao seu favor. Kaan criou uma arma que utilizava os espíritos dos guerreiros Sith mortos sob seu comando. Seus únicos pensamentos eram destruir Hoth e seu Exército da Luz, mesmo que isso significasse a sua própria destruição.
Por fim, Mestre Hoth decidiu que já esperara demais pela rendição de Kaan. Ele ordenou que o Exército da Luz que tomasse a base da Irmandade e destruísse os Sith remanescentes. O exército penetrou no covil de Kaan, passando pela terrível visão de diversos guerreiros Jedi desmembrados e trucidados, repugnantes troféus do Lorde Sith e seus lacaios. Antes mesmo da batalha realmente começar, Lorde Kaan colocou seu plano em ação e detonou a Bomba de Pensamento que havia criado.
A explosão da bomba foi imensamente forte, alimentando-se das violentas energias do Lado Negro. O vácuo resultante destruiu tanto a Irmandade das Trevas quanto o Exército da Luz. Nenhum ser permaneceu vivo, incluindo Kaan e Hoth. A explosão da bomba aprisionou os espíritos dos Jedi e dos Sith no interior do cânion onde a última batalha era travada. De alguma forma, a mistura de energia da luz e energia negra criou um notável equilíbrio, dando ao cânion um prevalecente traço do Lado da Luz, mesmo com a presença dos espíritos dos Sith em meio ao número ainda maior de Jedi.
O cânion passou a ser conhecido como o Vale dos Jedi, em honra à bravura dos indivíduos que deram suas vidas para derrotar permanentemente os Sith. O outrora Aprendiz Padawan de Hoth, um Jedi chmado Johun Othone, entrou com uma petição no Senado e no Conselho Jedi para erguer uma memorial ao Exército da Luz em Ruusan. O Senado prontamente concordou, fornecendo a Othone os fundos necessários. O Conselho, entretanto, negou o pedido, alegando que Hoth e seu exército haviam simplesmente cumprido com seu dever e não gostariam que houvesse celebrações após suas mortes. O Conselho acrescentou que um memorial permanente a um catastrófico evento como este chamaria muitas atenções para o local, e que seria melhor que ele fosse esquecido.
Othone discordou com o que escutou do Conselho Jedi, assim como muitos outros, tanto de dentro como de fora da Ordem. A mídia da Velha República criticou severamente a decisão do Conselho, classificando-a como "Um insulto à memória daqueles que morreram defendendo bravamente a República". Utilizando os fundos providos pelo Senado, Othone ordenou a construção de um vasto mausoléu, com estátuas e obras iconográficas solenes. Ele também colocou um enorme Cristal Adegan em uma câmara de meditatação dos Jedi. Os monumentos eram feitos de pedras que vinham de vários planetas, dos heróis do Exército de Luz. As sepulturas dos heróis foram colocadas em uma caverna subterrânea central da origem natural, com várias câmaras em volta delas. Elas foram lotadas de artefatos que presumivelmente pertenceram aos guerreiros Jedi Caídos. Pelo menos um aqueduto traxia água ao Vale. Ele esperava que Ruusan se tornasse um local de peregrinação para Jedi e cidadãos comuns. Othone via a forte emanação da energia da Luz no Vale dos Jedi como uma prova de suas convicções.
Infelizmente para Othone e seus colaboradores, a popularidade de Ruusan foi diminuindo. Após uma década desde a batalha, a República voltou suas atenções para problemas internos, focando-se na corrupção que secretamente se enraizava em seu núcleo. O exemplo de muitos outros memoriais, o Vale dos Jedi foi esquecido, lembrado apenas por historiadores e devotos do conhecimento Jedi. O Conselho convenientemente esqueceu Ruusan, firmando-se em sua crença de que o planeta não deveria ter mais destaque que nenhum outro, não importando que eventos ali ocorreram. Ironicamente, esta teimosa crença ajudou a proteger o vale de saqueadores por centenas de anos.
Por volta de um milênio depois, a posição do Vale tinha sido perdida por todos exceto por alguns. Durante o reinado do Imperador José César Fobos, adeptos do Lado Negro e Jedi corrompidos trabalharam para encontrar locais com forte presença da Força. Os lacaios do Imperador corromperam tais locais para servir aos propósitos de seu mestre, tornando o retorno dos Jedi cada vez mais improvável. Um deles foi um homem chamado Jerec, que procurou Ruusan por anos, mesmo antes de sua queda para o Ladro Negro. Ele havia conhecido as lendas da poderosa conexão de Ruusan com a Força e acreditava poder tomar o lugar de José César Fobos.
Jerec nunca conseguiu ser bem sucedido em seus esforços para encontrar o vale. Após a morte de José César Fobos na Batalha de Romano, Jerec convenceu patrocinadores coorporativos a financiar sua própria sede por poder. Ele trabalhou em conjunto com diversos outros Jedi Negros para localizar Ruusan e tomar para si seus segredos. O Jedi Qu Rahn acreditava que o Terceiro Império ou os Jedi Negros tentariam tirar proveito do poder aprisionado no Vale e tentaria guardar o segredo da existência do Vale ao seu amigo Morgano Katarne que acidentalmente descobriu a posição do Vale. E anos depois, Jerec assassinou Katarne, ele e os seus Aprendizes foram em busca da existência do Vale e capturaram Rahn, que eles executaram depois de tirar de sua mente o fato que Katarne tinha um Mapa de Ruusan esculpido no teto na sua casa. Viajando a Sulão, eles tomaram o mapa e começaram a ocupar Ruusan. Ali, Jerec apoderou-se do poder do Vale, ficando quase invencível com o seu poder.
Contudo, o seu domínio do Vale não seria incontestado. O espírito de Rahn falou para Kyle Katarne, o filho de Morgano, e treinou-o na Força. Katarne foi em busca do mapa, apenas o mandando destruir antes que ele pudesse lê-lo. Ele passou o mapa para o Dróide 8t88, que tinha decifrado o mapa, e recuperou as coordenadas da sua memória interna.
Com as coordenadas, Katarne e a sua parceira Jan Ors chegaram a Ruusan. Depois de Jan ser capturada pelas forças de Jerec, Katarne lutou com exércitos de Fantomtropas e derrotou o resto dos Jedi Negros até chegar em Jerec até que ele finalmente confrontou o próprio Jerec no centro do Vale. Ali, ele conseguiu cortar o poder de Jerec do Vale e derrotá-lo. Katarne libertou os espíritos aprisionados, finalmente cumprindo o Poema das Eras.
Katarne forneceu a localização de Ruusan para Mário Jorge Samara Logan, que ainda não havia decidido o que fazer com a informação. Ele cogitou informar à República Federativa da Galáxia sobre o paradeiro do planeta, mas temia que adeptos do Lado Negro pudessem usar o local para fins escusos. Até terem certeza de que a informação não será mal aproveitada, Samara Logan e Katarne permaneceram como alguns dos poucos que possuíam o conhecimento sobre Ruusan e sua conexão com a Força. Estas suspeitas foram confirmadas poucos anos despois. Um ex-Aprendiz da Academia de Yavin 4 chamado Desann, se aliou ao cientista do Terceiro Império, o Almirante Cara-Pálida Fyyar.
Fyyar estava desenvolvendo um projeto através do qual podia usar a Força em indivíduos que inicialmente não eram sensíveis a ela, usando um traje especial com cristais canalizadores. Assim, este projeto teve como objetivo criar um exército de super-soldados com a Força como uma aliada. No entanto, ainda tinham que encontrar um lugar suficientemente forte na Força para recarregar os cristais de um exército inteiro. Desann sabia do que ele tinha ouvido falar na Academia, e era um lugar perfeito para esta finalidade. E a sua localização era conhecida apenas duas pessoas, mas que não deveriam causar qualquer problema com um bom plano.
Desann sabia do envolvimento do Lado Negro em Kyle, então ele escolheu ele para criar uma armadilha. Fazendo-o acreditar que a sua parceira Jan foi morta por Tavion, sua Aprendiza. Isto fez florescer os sentimentos de vingança no Jedi. Cego pelo ódio, Kyle voltou-se para o Vale como um meio de recuperar seus poderes e assim fazer justiça como Desann tinha previsto. Este, que tinha seguido Kyle, informou a Fyyar da localização do Vale, e assim seu exército de super-soldados estava em ponto. Felizmente, esse exército teve um curto período de existência. Seu primeiro alvo foi o Praxeum Jedi em Yavin 4, e logo descobriu-se que um super-soldado, que tinha muito poder na Força, não era páreo para um Jedi bem treinado. Kyle conseguiu derrotar Fyyar e o seu exército, e no final, acabou com Desann em um duelo de Sabres-de-Luz.
Desde então, o Vale ficou vazio e abandonado. Até que ficou seguro não havendo mais uma fuga de informações, Samara Logan e Katarne foram as duas das poucas pessoas que conheciam Ruusan e sua relação com a Força na Galáxia de Orião. O planeta também ficou se tornou objetivo dos Discípulos de Ragnos de Tavion que usou o Cetro de Ragnos para drenar as áreas da Força para ressuscitar Marka Ragnos. Kyle Katarne foi investigar as atividades desse culto aqui.
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